Penar
Eu não espero nada, nada e me perdoo.A minha vida é minha, é minha a minha incógnita.
E cada um na vida ajusta-se ao que opta,
e eu me sinto pleno e raso nesse voo.
É dor que não sossega, de alegrias medra.
E num bailar de ventos, bate um tsunami
A exigir de mim que eu abra o peito e ame.
Mas não desgarro do meu lado bruto, pedra.
Eu sei, é meu desterro, aterro, é meu estilo,
Que é pena que é sem pena e pena no que escreve.
Não peno no penar; se sou penar, pra quê?
Por fim, eu vou seguindo assim tão só naquilo.
Que a estrada se faz longa, o atalho se faz breve
De qualquer jeito é vida escura, mas que crê.
José Edward Guedes

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